segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Coisas do Rio Grande do Sul


 REGIONALISMO 

Por Dorotéo Fagundes

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O PAULISTA MAIS GAÚCHO QUE CONHECI


É maravilhoso testemunhar que a movimentação cultural rio-grandense, no decorrer do tempo ganhou e vai ganhando simpatizantes em todos os cantos da terra, de gentes que não nasceram aqui, mas que nutrem o maior culto ao sentido regionalista gaúcho. 


Quando apeei na Capital da Pampa em março de 1980, pra sobrevivência, metia um violão e abria o bico cantando nossas milongas, num lindo restaurante batizado de Chama do Pago, (algo fabuloso, plantado na Rua Dom Pedro II, no bairro Higienópolis, em diagonal ao portão da tradicional e poderosa SOGIPA – Sociedade de Ginastica Porto Alegre), restaurante fino de boia campeira, propriedade de uma estancieira do Itaqui, chamada Miriam Gonçalves, precursora dessa moda na metrópole gaúcha em regionalismo de alto estilo.


Deixa estar que naquele março, numa noite de sexta-feira no Chama do Pago, uma família alemã festejava aniversário de um dos seus e ficaram até o fechamento da casa, que sempre virava uma tertúlia. Nessa, depois de cumprir com minha canja no palco que era de José Cláudio Machado e Talo Pereira, o alemão da mesa grande convidou à sentar-me com eles, pedindo para tocar mais umas, o que fiz com todo carinho, até que o chefe do clã germânico indagou-me de mim, a quem disse que chegara na capital naquele mês e viera estudar e trabalhar, que ali defendia a boa boia do Mestre Leite e o trago de cada dia, assim nos enfurnamos noite adentro em bordoneios, cantos, causos, poesias e prosa.


Na alta madrugada, ao nos despedirmos, o novo amigo me estendeu seu cartão de visitas, dizendo que na segunda-feira, eu fosse a sua empresa para uma entrevista. Dito e feito, na segunda depois do almoço, meti meu terno de morrer e me apresentei na BANNER PUBLICIDADE, a Rua Américo Vespúcio, número 100, no bairro Higienópolis, propriedade de Hartmut Schulz e Walter Irgang, ali fui encaminhado para um sujeito com cara de padre, chamado Dionísio Lotário Koch, com quem conversei por horas, dizendo da minha vida e pretensões. Ao fim sai de lá com a expectativa de ser chamado, o que no mês seguinte aconteceu, e de imediato fui iniciado na publicidade, pelas mãos do paulista mais gaúcho que conheci até hoje, o Professor Dionísio, nascido em Cruzália em 17/05/44, vindo para o Rio Grande do Sul e formou-se como professor da Rede Sinodal, logo gerente de produção gráfica da Banner e para minha surpresa, revelou-se um grande assador e declamador regionalista gaúcho, muito bem pilchado, com quem viajei o Brasil nas exposições feiras agro pastoris, em relacionamento estratégico para os cliente da nossa agência em especial à Kepler Weber, das décadas de a 80 a 2000.    


Aqui rendo a esse nobre amigo, que nos deixou no dia 14/01/2019, minha maior gratidão pelo o que me proporcionou a partir de 1980 e pelo que construímos nos anos dessas décadas, em nome da tradição gaúcha!


Para pensar: Os amigos são anjos guardiões encarnados que Deus nos providencia!





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