Foi no dia 28 de setembro de 1956 que o primeiro caminhão da Mercedes-Benz fabricado no Brasil saiu da linha de montagem para as estradas. O modelo L-312 ficou conhecido como “Torpedo”.
O título foi dado por conta do cofre do motor que lembrava um projétil. Na época, ele tinha capacidade para suportar até seis toneladas, seis cilindros e injeção direta, todas tecnologias consideradas de ponta nos anos 50.
Outro fator que fez o L-312 um verdadeiro marco na indústria automotiva é que ele foi o primeiro a ser movido a Diesel, o que trazia mais economia para o caminhoneiro. Na época, ele fazia cerca de 6 km por litro, dependendo da carga carregada.
Inclusive, no lançamento a marca ostentou o slogan “O que é bom já nasce Diesel” para ressaltar esse diferencial.
Até então, os modelos eram movidos a gasolina e foi a fabricante que teve papel fundamental para essa mudança, convencendo o mercado e os próprios motoristas que o diesel era a melhor alternativa para veículos pesados por conta da economia e confiabilidade.
Muita gente não sabe, mas em 1956 o Governo tinha uma política de nacionalização. Naquele período, era exigido que ao menos 35% dos componentes em peso do veículo fossem fabricados dentro do Brasil. Quatro anos mais tarde, essa porcentagem subiu para 90%.
Além disso, esse foi o primeiro modelo da marca 100% fabricado no Brasil. Já em 1958, dois anos depois do lançamento, foi lançado o cara-chata LP-321.
E em 1964 foi a vez do modelo L-1111 chegar as ruas.
Contudo, foi na década de 70 que um dos modelos mais famosos da marca foi lançado, o L-1113. O caminhão fez tanto sucesso entre os caminhoneiros que teve mais de 200 mil unidades vendidas, ganhando assim o título de “Caminhão mais vendido em toda a história do Brasil”.
O Torpedo pertencia a família L (Lastwagen – caminhão em alemão). Por isso, também tinha como diferencial a cabine semiavançada, onde o motor entrava ligeiramente dentro do espaço do motorista.
O veículo também tinha um sistema de amortecimento para a cabine, proporcionando assim mais conforto para o caminhoneiro.
Ficou na História.
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